Embaixador dos EUA visita laboratórios do INS

Depois de colher informações sobre o funcionamento do Instituto Nacional de Saúde (INS), na manhã desta quinta-feira (26.05), o embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Peter Hendrick, conheceu de perto as potencialidades técnicas e tecnológicas dos laboratórios da instituição em Marracuene.

O Laboratório de Biologia Molecular foi a porta de entrada, onde o diplomata ficou a saber que o INS, através deste laboratório de referência, dá suporte à pesquisa de carga viral do HIV no país e presta apoio técnico para os laboratórios nacionais, com destaque para os de baixo desempenho.

No Laboratório de Sequenciamento, Peter Hendrick solicitou informações sobre a percentagem de resistência do HIV e da Tuberculose (TB). Em resposta, o Director-Geral do INS, Ilesh Jani, esclareceu que o grau de resistência depende do medicamento.

“Na zona de Maputo, por exemplo, estudos do INS apontam que a taxa de resistência é de até 50 por cento em crianças e adultos. Quanto maior for o tempo de tratamento, maior é a resistência. No caso da TB, a taxa de resistência é de 11 por cento e, para novos casos, a taxa de resistência é de 3 por cento”, disse.

Durante a visita, o embaixador americano ficou impressionado com o Laboratório de Virologia, tendo a chefe de repartição da área, Jorfélia Chilaúle, informado que o laboratório é responsável pela testagem de COVID-19 e avalia as novas tecnologias.

Na ocasião, a interlocutora explicou que, actualmente, são realizados testes rápidos de SARS-CoV-2 a partir da saliva e amostra nasal e partilhou que, em breve, será publicado um artigo científico em torno de um estudo ligado àquela prática.

Segundo Jorfélia Chilaúle, o Laboratório de Virologia providencia apoio técnico e treinamento de PCR, para além de testes rápidos em tempo real.

No Laboratório de Entomologia Médica, que é referência nacional na identificação de vectores, o embaixador conheceu  o insectário do laboratório, que, para além de ter uma colónia de mosquitos, desempenha uma função importante na prevenção da malária.

O Laboratório de Microbiologia foi outro ponto escalado. Ali, o diplomata ficou a saber da contribuição deste laboratório na vigilância epidemológica, com realce para o diagnóstico de casos suspeitos de cólera, cujos testes têm uma sensibilidade de até 98 por cento.

Adicionalmente, Peter Hendrick soube que o trabalho realizado naquele laboratório tem mais evidência em tempos de ciclones e cheias, período com registo de muitos casos de diarreia.