Fortalecer assistência pré-natal pode reduzir índice de mortes maternas no país

O país continua a registar um aumento de mortes maternas em mulheres com idades entre 20 e 34 anos durante a gravidez e 42 dias após o final da gestação. O aborto, hipertensão e sepse, são apontadas como principais causas destas mortes.

A investigadora do Instituto Nacional de Saúde (INS), Sheila Nhachungue, falando esta manhã,  na Paralela 9, que abordou o tema “Causas da Mortalidade materna”, inserida nas XVII Jornadas Nacionais de Saúde, disse que para prevenir as mortes maternas, os programas de assistência pré-natal precisam ser fortalecidos para garantir que todas as mulheres grávidas sejam atendidas.

Só no período compreendido entre 2018 e 2019, 84 por cento das mortes maternas ocorreram fora das unidades sanitárias, facto que denuncia a fraca adesão hospitalar para o acompanhamento pré-natal.

“Agumas mulheres grávidas que perderam a vida procuraram cuidados de saúde formais, entretanto, a maior parte destas morreram fora da unidade sanitária e residiam em zonas rurais, no centro do país”.

Para reverter o cenário, a investigadora recomenda, igualmente, acções conjuntas dos profissionais de saúde, órgãos comunitários e população em geral, para garantir que todas as mulheres grávidas sejam sujeitas às recomendações médicas.

As décimas sétimas Jornadas Nacionais de Saúde realizam-se desde ontem sob o lema “Promovendo a segurança sanitária e o desenvolvimento sustentável através da investigação científica transdisciplinar”, e podem ser acompanhadas através das plataformas digitais do Instituto Nacional de Saúde.