Mais 12 técnicos de saúde foram graduados em epidemiologia de campo na última quarta-feira pelo Programa de Formação em Epidemiologia de Campo (FETP)–Linha da Frente em Moçambique, estabelecido pelo Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Saúde (INS). No acto do encerramento do treinamento, eles asseguraram que, com o curso, a sua prestação vai mudar para o melhor no que concerne ao reforço da vigilância em saúde.

O responsável de vigilância epidemiológica no distrito de Memba, Eugénio Macamo, está entre os graduados. Destaca que a formação foi bem acolhida e é de grande relevância, sendo que, ao nível do seu distrito, havia dificuldades para fazer seguimento de casos e estudos aprofundados em relação a alguns eventos de saúde, realidade que já vai mudar.

“Com esta formação, saímos daqui com conhecimentos favoráveis ao processo de investigação de surtos ou eventos epidemiológicos e estamos dotados de capacidade de realizar a descrição de um caso índice até ao último, com uma boa representação gráfica, o que não sabíamos fazer”, assegurou, acrescentando que, assim, eles poderão disponibilizar informação fiável aos superiores hierárquicos, o que vai apoiar na tomada de decisões acertadas.

Por seu turno, a responsável de vigilância epidemiológica no distrito de Nacala, Altina da Glória, também graduada, realça que o curso é de grande importância, na medida em que vai ajudar a investigar melhor os surtos e a enfrentar os casos com alguma base sólida. Pela frente, ela diz levar o desafio de trabalhar, no sentido de melhorar os indicadores ao nível da província.

“Passámos por um processo de formação muito importante, que nos ajudou a solidificar os nossos conhecimentos, o que vai trazer uma grande melhoria e valia não só para os nossos distritos, como também para a província, no geral. Daqui em diante vamos realizar melhor as nossas actividades”, disse.

Outro integrante da turma é o ponto focal de vigilância epidemiológica no distrito de Mogincual, Wilson Muarapaz, que considera o treinamento como alavanca muito importante para o seu percurso profissional de saúde pública, engajado na área de vigilância epidemiológica.

“O pacote que recebi nesta formação vai ajudar-me muito a conseguir identificar alguns factores que eu não conseguia dentro do meu programa. Com isso, sinto-me maduro para enfrentar qualquer tipo de surto”, vincou, assinalando que espera mudanças no seu distrito, quanto ao tratamento de casos de emergências decorrentes de surtos. O FETP–Linha de Frente, nível no qual os técnicos foram formados, corresponde ao primeiro dos três níveis que constituem o programa de Formação de Epidemiologia de Campo. Os graduados integraram a quarta coorte, que é a segunda ao nível da província de Nampula, numa formação que teve duração de três meses.