Inquérito avalia imunidade contra COVID-19 em Moçambique

O futuro, em relação à COVID-19, continua relativamente incerto! Quem o diz é o vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, que, na manhã desta segunda-feira (14.08), no distrito de Boane, província de Maputo, procedeu ao lançamento oficial do Inquérito de Avaliação da Imunidade e Cobertura Pós-Campanha de Vacinação Contra a COVID-19 em Moçambique (IMUNECOV), levado a cabo com o objectivo de avaliar a cobertura da campanha vacinal e os níveis de imunidade da população.

O dirigente esclarece que, tendo sido realizada a campanha de vacinação contra a COVID-19 a nível nacional, as autoridades sanitárias precisam de evidência científica de como a referida campanha funcionou.

“Através destes aspectos todos, vamos poder medir quais são os níveis de falhas que temos em termos de imunidade, e isto vai nos permitir fazer ajustes para possíveis campanhas de reforço de vacinação em determinadas áreas geográficas e em determinados grupos populacionais, segundo aquilo que os resultados do inquérito mostrarem”, explicou.

Outro objectivo da campanha apontado pelo governante consiste em entender a situação actual das infecções activas da doença, o que passa pela testagem dos inquiridos.

Perto de 5 mil agregados familiares abrangidos

O Coordenador da Repartição de Inquéritos em Saúde no INS, Acácio Sabonete, fez saber que o IMUNECOV vai abranger todas as províncias do país e prevê alcançar 20 mil participantes em cerca de 5 mil agregados familiares.

Falando sobre o processo de mobilização dos inquiridos, Sabonete esclareceu que há uma coordenação directa com as estruturas locais das áreas previamente identificadas, que vão ser cobertas por um total de 128 profissionais envolvidos no inquérito.

Com duração prevista de um mês e meio, o IMUNECOV é financiado pelo Governo de Moçambique e parceiros de cooperação, nomeadamente o Banco Mundial, Governo do Canadá e a Iniciativa Clinton, num valor de cerca de 100 milhões de meticais.