Indicadores preliminares de INSIDA apresentados em Nampula

O delegado do Instituto Nacional de Saúde na Província de Nampula, Américo Barata, apresentou, esta terça-feira, 07 de Março, os indicadores preliminares do Inquérito Nacional Sobre o Impacto do HIV e SIDA (INSIDA).

O acto teve lugar na sessão do Conselho de Representação do Estado em Nampula, e contou com a presença do Secretário do Estado da Província de Nampula, Jaime Neto, quadros do Gabinete do Secretário do Estado, diversos membros daquele órgão e convidados permanentes.
 
Na ocasião, Américo Barata referiu que o INSIDA teve como objectivo avaliar as intervenções levadas a cabo pelo Governo na resposta ao HIV e SIDA, bem como a prevalência e incidência da doença.
 
O delegado do INS realçou que em 2015 a província de Nampula apresentava uma prevalência de 5.7 por cento, entretanto, volvidos sete anos, este indicador registou um incremento, situando-se agora em 10.1 por cento, facto que constitui preocupação.

Barata enfatizou que estes dados se tornam ainda motivo de especial atenção pelo facto de apenas 56.9 da população com idade superior a 15 anos conhecer a sua situação para o HIV e SIDA, contra os cerca de 43.1 por cento da população que desconhece o seu seroestado.
 
O responsável destacou que apesar de a prevalência do HIV na província de Nampula estar abaixo da média nacional, com um em cada dez pessoas com idade superior a 15 anos vivendo com HIV, a situação é preocupante pelo facto de 43.1 dos nampulenses desconhecerem o seu seroestado e menos de 20 por cento usa o preservativo.
 
Quanto à carga viral, os dados do estudo indicam que oito em cada dez pessoas em terapia antirretroviral (TARV) atingiram a supressão de carga viral na província de Nampula. A projecção é atingir a meta de 95 por cento da população em TARV com supressão viral.
 
De referir que o Inquérito sobre o Impacto do HIV e SIDA em Moçambique (INSIDA 2021) foi realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em colaboração com o Ministério da Saúde (MISAU), Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS) e o Instituto Nacional de Estatística (INE). O estudo contou com financiamento do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio do SIDA, e assistência técnica do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e do ICAP da Universidade de Columbia.