Membros do CIE – INS capacitados em matérias de ética em pesquisa

Treze técnicos do Comité Institucional de Ética do INS (CIE-INS) receberam, recentemente, uma capacitação em matérias de ética em pesquisa em Saúde para melhorar as suas capacidades de monitoria de protocolos de investigação.

Orientado pelo Comité Nacional de Bioética para a Saúde (CNBS), a formação foi realizada com o objectivo de contribuir para o alcance dos objectivos da criação do CIE e cumprimento da sua missão.

Para o efeito, foram abordados temas como história da ética em pesquisa em saúde, regulamentos aplicáveis, declarações e directrizes, implicação do tipo de estudo na avaliação de protocolos, requisitos para a submissão de protocolos e normas de funcionamento do CNBS e dos comités institucionais de bioética para pesquisa em saúde em Moçambique. 

Entre os facilitadores, destacam-se João Schwalbach e Esperança Comiche, na altura, Presidente e Vice-presidente do CNBS, respectivamente. 

A formação juntou membros das províncias de Maputo, Sofala, Nampula e Niassa, que teceram considerações à volta do treinamento. Tal é o exemplo de Nádia Muate, membro vogal do comité e residente na província de Nampula, que considera que a capacitação foi oportuna e muito importante.

“Por um lado, foi complementar aos conhecimentos adquiridos durante um treino anterior ministrado pelo CIE-INS em 2021. Por outro, abordou temas e questões específicas no campo de avaliação de protocolos de estudos envolvendo a componente humana. Com esta formação, estou convicta de que os conhecimentos adquiridos irão permitir- me contribuir, de forma a melhorar as minhas capacidades de revisão de protocolos dentro do comité”, garantiu.

A interlocutora faz uma avaliação positiva da formação e assinala que foi uma experiência bastante proveitosa. Ela vinca que, com a evolução da pesquisa científica como, por exemplo, os ensaios clínicos em seres humanos, existe uma necessidade, por parte dos comités, de se estar actualizado continuamente para permitir uma melhor avaliação de todas as componentes e, desta forma, salvaguardar os interesses éticos, e os treinos servem como base para o constante aprendizado.

Por seu turno, Graciano Pedro, membro leigo do comité e residente na província do Niassa, partilhou que aquela foi a sua primeira formação da Bioética para Saúde, mas tem leccionado matéria ligada à ética em cursos de saúde para estudantes universitários. Igualmente, ele faz uma avaliação positiva da capacitação.

“Foi uma experiência positiva. Toda a matéria foi útil, e um dos conteúdos que achei interessante é sobre a avaliação de protocolos de pesquisa e a necessidade de se administrar o consentimento, o que é, para mim, um conhecimento novo. Gostei muito, porque, para além de teoria, houve também uma aula prática, o que permitiu uma maior percepção dos conteúdos facilitados.

O interlocutor diz sentir-se preparado para exercer a sua função como membro leigo dentro do comité, tendo percebido que serve de ponte entre a comunidade e o investigador, para que a pesquisa seja realizada dentro dos padrões éticos.