Sádia Ali conclui doutoramento com um estudo sorológico de arbovírus em pacientes febris

A bióloga e especialista em saúde no Instituto Nacional de Saúde (INS) Sádia Ali Pereira conclui, recentemente, o seu doutoramento em Pesquisa Médica – Saúde Internacional pela universidade Ludwig Maximilian de Munique, na Alemanha, após apresentar o seu trabalho intitulado “Epidemiological analysis of emerging and re-emerging virus infections in Mozambique: from arbovirus to SARS-CoV-2”.

Neste estudo, a bióloga conclui que a co-ocorrência da Chikungunya, Dengue, Zika e Malária entre pacientes febris no país é mais comum do que se pensava anteriormente.

A referida pesquisa, concluí também que, a ocorrência de arbovirus entre os pacientes com síndrome febril agudo tem a tendência de aumentar se comprado aos estudo anteriores desenvolvidos no país.

Assim, chama atenção para a necessidade de consciencialização sobre a infecção por arbovírus como outra causa de doença febril aguda.

Por conta disso, recomenda a vigilância activa de doenças virais emergentes para melhorar a saúde pública humana.

Refira-se que este é o maior estudo sorológico de arbovírus em pacientes febris realizado em Moçambique.

A investigação compreendeu três abordagens: das quais duas para o estudo de arbovírus, sendo retrospectiva entre 2009 a 2015, e seguida de análise prospectiva no periodo de 2017 a 2018 e. Por último, a caracterização da COVID-19, de Março de 2020 a Setembro de 2021, onde realizou-se a revisão dos registos de casos suspeitos e confirmados da COVID-19, em 11 províncias do país. 

Durante o período em análise, foi possível observar as características demográficas das três  ondas da COVID-19, nas zonas urbanas, sobretudo na região sul do país onde foi mais afectada. 

Por último, a pesquisa realça a necessidades do desenvolvimento de estudos que possam descrever com maior profundidade as pandemias causadas por vírus emergentes.