O Instituto Nacional de Saúde (INS) e o Ministério da Saúde estiveram reunidos, há dias, em Maputo, para harmonizar as directrizes da vigilância integrada de doenças e respectiva resposta.

Trata-se da “Reunião Nacional de Vigilância Colaborativa em Saúde”, realizada com foco na minimização da fragmentação de esforços e na garantia da continuidade de serviços de saúde durante emergências de saúde.

Na ocasião, a Directora Nacional de Inquéritos e Observação de Saúde no INS, Ivalda Macicame, destacou a relevância do encontro para o reforço dos sistemas de vigilância em saúde pública a nível nacional.

“Estamos extremamente ansiosos em acompanhar as discussões que serão feitas neste fórum, incluindo todas as questões de partilha, colaboração e coordenação a serem postas à mesa e a serem implementadas a partir deste encontro, para podermos reforçar os sistemas de vigilância em saúde pública no nosso país”, declarou.

A Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, Aleny Couto, anotou, por seu turno, que a elevada vulnerabilidade do país em relação aos eventos climáticos extremos, as rápidas transformações demográficas e epidemiológicas caracterizadas por crescentes ameaças de surtos, epidemias e pandemias têm propiciado a ocorrência de emergências de saúde pública.

Face a esta realidade, que caracterizou como um “cenário sanitário complexo”, Couto defende uma maior eficiência na coordenação e comunicação efectiva entre todas as unidades orgânicas e outros actores-chave envolvidos na prevenção, detecção, preparação, prontidão e resposta aos eventos de saúde pública.

Para a responsável, a reunião afigura-se como oportunidade de reflexão em torno dos mecanismos de coordenação e aprimoramento de estratégias para reestruturar e fortalecer os sistemas de vigilância de saúde, com vista à detecção atempada e resposta oportuna aos eventos de saúde. “Como todos nós sabemos, a saúde é a base para o desenvolvimento do país, por isso necessitamos de debates contínuos sobre os desafios, cada vez mais complexos, para garantir o bem-estar da população”, vincou.

Durante a reunião, ainda, foram identificados e discutidos os desafios das ferramentas de recolha de dados da vigilância, bem como a interoperabilidade de sistemas e ferramentas de recolha e partilha de dados.

Os temas abordados, segundo Couto, são de grande valia para o país, na medida em que os debates favorecem uma oportuna resposta à emergências e tomada de decisões informadas, contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde.

Com a duração de três dias, a reunião juntou delegados provinciais, chefes de programas e de departamento do INS, para além de investigadores da mesma instituição, técnicos da Direcção Nacional de Saúde Pública, representantes dos serviços e direcções provinciais de Saúde, parceiros de cooperação, entre outros.