O Instituto Nacional de Saúde (INS), em coordenação com o Ministério da Saúde, realizou, recentemente, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, um treino de socialização do “Manual de detecção de doenças e investigação de surtos”. O documento, que é de abrangência nacional, visa reforçar a capacidade de detecção de doenças e investigação de surtos.

Durante a oficina, que teve duração de cinco dias, sob liderança do Inocêncio Mate, investigador do INS, vários técnicos do sector da Saúde debateram em torno de aspectos específicos para a melhoria do processo de investigação e resposta a surtos, tais como fluxos de comunicação e colaboração inter-institucional.

na ocasião, o chefe do Departamento de Pesquisa, Formação e Inquéritos de Saúde na Delegação Provincial do INS em Cabo Delgado, Jackson Somar, referiu que o manual visa padronizar os procedimentos de detecção de doenças e resposta a surtos de doenças de grande impacto para a saúde pública, como cólera, sarampo, malária, diarreia, paralisia flácida aguda, meningite, tétano neonatal, raiva, entre outras.

“A forma de investigar a raiva não é a mesma para o sarampo. Em alguns casos, será necessário envolver outros intervenientes, consoante a natureza do agente causador”, explicou Somar, sublinhando que a investigação epidemiológica é essencial para a detecção rápida de doenças, o que permite uma resposta oportuna e eficaz.

Após a aprovação, o documento deverá ser amplamente disseminado, de modo que todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de investigação de surtos tenham acesso às orientações, com vista a melhorar-se a resposta às emergências de saúde pública no país.

O sector da saúde e os seus parceiros reafirmam o compromisso de continuar a investir na capacitação técnica, melhoria dos sistemas de vigilância e no fortalecimento da resposta às crises sanitárias, colocando a protecção da vida e da saúde pública como prioridade máxima.