Pessoas com tuberculose carecem de apoio social no país

Em Moçambique, as pessoas com Tuberculose (TB) não têm acesso a qualquer forma de apoio social institucional. Elas contam apenas com a ajuda da família e da comunidade, muitas vezes, insuficiente. As constatações são de um estudo da autoria do pesquisador do Instituto Nacional de Saúde, Pedroso Nhassengo.

Com enfoque para as experiências vividas e percepções das pessoas com TB no país, o estudo é intitulado “Eles não me olham com bons olhos-Experiência do impacto socioeconómico da Tuberculose e necessidades de apoio entre adultos numa área semi-rural em Moçambique”, e foi realizado com o objectivo de compreender os impactos socioeconómicos da doença face à necessidade de apoio social entre pessoas com TB.

Os resultados do estudo indicam que a doença tem um impacto social e económico que requer adaptação e desenvoltura por parte das pessoas infectadas. Ademais, pessoas que vivem com a doença possuem diferentes preferências e necessidades de apoio social.

O estudo indica, ainda, que pessoas com TB têm diferentes conhecimentos e experiências com o apoio social formal. Ela afecta as relações familiares e comunitárias, principalmente devido aos impactos nas finanças do agregado familiar.

Segundo o autor, os resultados sugerem uma investigação profunda sobre como os regimes de apoio social podem ser desenvolvidos para minimizar o sofrimento de pessoas com TB em Moçambique.

São co-autores do estudo Clara Yoshino, Américo Zandamela, Verónica de Carmo, Bo Burstrom, Knut Lonnroth, Tom Wingfield e Salla Atkins.

Link de acesso ao artigo: https://doi.org/10.1080/17441692.2024.2311682