Descentralização da testagem laboratorial melhorou resposta à cólera em Moçambique
Falando esta segunda-feira (29.07), na última sessão plenária do primeiro dia da Conferência sobre Transdisciplinaridade para Eliminação da Cólera, que decorre na cidade de Maputo, o pesquisador do Instituto Nacional de Saúde (INS), Jucunú Chitio, referiu que a descentralização da capacidade de testagem no país reduziu o longo tempo de espera do diagnóstico da doença, desde a colheita de amostra na unidade sanitária à confirmação do resultado a nível do laboratório de saúde pública (LSP).
“Antes da descentralização da testagem, a província da Zambézia, por exemplo, ficava 14 dias de espera da resposta, sendo 12 de envio da amostra ao laboratório central e mais dois dias para o laboratório emitir o resultado”, disse, considerando que para uma doença que requer uma resposta rápida este intervalo de tempo era significativamente longo para uma contenção atempada do surto.
Actualmente, Moçambique conta com Laboratórios de Referência de Microbiologia (LSP) em todas as províncias, excepto em Gaza (em implantação).
No período de Outubro de 2023 a Fevereiro de 2024, todos os laboratórios de saúde pública receberam e testaram um total 1138 amostras, das quais 642 mostraram-se positivas para cólera”, explicou.
A 1ª Conferência sobre Transdisciplinaridade para Eliminação da Cólera é organizada pelo INS em colaboração com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) e conta com o apoio de parceiros nacionais, regionais e internacionais.