DO INS: Vigilância Nacional das Infecções Respiratórias Agudas reunida em Maputo
O Instituto Nacional de Saúde (INS), através da Direcção de Inquéritos e Observação em Saúde e Direcção de Laboratórios de Saúde Pública, está reunida desde a manhã da útima terça-feira (15.10), em Maputo, com o objectivo de harmonizar as estratégias de fortalecimento e preparação da resposta nacional à influenza e a outros patógenos respiratórios.
A chefe da Repartição de Vigilância em Saúde no INS, Denise Langa, fez saber que a reunião tem lugar num contexto em que o sistema de vigilância de influenza e outros patógenos respiratórios enfrenta desafios e lacunas a serem resolvidos para a geração de informação, de forma contínua, robusta, oportuna e completa.
“Durante os quatro dias, queremos rever e socializar o sistema de vigilância das IRAs que, atualmente, engloba influenza e outros vírus respiratórios, discutir as estratégias para enfrentar os desafios e fortalecer os sistemas e capacidades de preparação para ameaças epidémicas e pandémicas”, disse.
Por seu turno, o coordenador geral da vigilância das IRAs, Almiro Tivane, abordou a vigilância das IRA em três níveis, nomeadamente laboratórios, epidemiologia e saúde pública.
“A nível dos laboratórios, a vigilância visa detectar tipos e subtipos dos agentes virais envolvidos nas IRAs, que circulam localmente, para além de identificar, de forma atempada, vírus e variantes virais com potencial pandémico”, disse, acrescentando que, a nível da epidemiologia, a vigilância descreve a sazonalidade, monitora as tendências das doenças e óbitos, para além de identificar e monitorar grupos com alto risco de desenvolver doença grave.
Relativamente à componente de saúde pública, Tivane explicou que o papel da vigilância é fornecer dados que permitam determinar o peso ou impacto das IRAs, incluindo patógenos associados, para auxiliar a intervenção do sector da Saúde Pública.
A reunião, que é anual, tem três abordagens: (i) estratégica, que consiste na discussão dos avanços e desafios da vigilância no período 2023/2024, inciativas de para determinação dos limiares, estimativa do peso/impacto das IRAs no país, para além de sessões de apresentação de novas pesquisas, definição de acções estratégicas para a sustentabilidade e resiliência da vigilância das IRAs, incluindo oportunidades de financiamento e parcerias; (ii) operacional, referente a discussões técnicas e revisão dos procedimentos técnicos para alcance dos objectivos estratégicos e (iii) treino de refrescamento sobre os diversos procedimentos e ferramentas da vigilância.
Recorde-se que, no INS, a vigilância-sentinela das IRAs foi introduzida em 2013, em resposta ao vírus da gripe/influenza. Recentemente, a plataforma foi usada como base para a rápida resposta à COVID-19.
Participam do encontro colaboradores de diferentes unidades orgânicas e programas do INS, Ministério da Saúde, direcções/serviços provinciais de Saúde, unidades sanitárias-sentinela e parceiros.