A equipa da ALIVE, uma plataforma que visa garantir a prestação de serviços de saúde durante desastres induzidos pelo clima em comunidades vulneráveis do país, abrangendo os distritos de Dondo, Nhamatanda e Búzi, na província de Sofala, procedeu, há dias, a apresentação dos progressos alcançados no âmbito da implementação da plataforma e das constatações resultantes da análise das informações prestadas a nível do distrito de Búzi.

Partilhadas as constatações, foram identificadas as prioridades das acções necessárias para garantir a resiliência do sector da Saúde, numa conversa que culminou com a aprovação do diagrama causal da perturbação da prestação dos serviços de saúde, que permite quebrar as vias que concorrem para o efeito.

Falando especificamente das doenças crónicas não transmissíveis, a Chefe do Programa de Saúde Mental, Trauma e Violência no Instituto Nacional de Saúde (INS), Palmira Santos, vincou a necessidade da priorização da continuidade de assistência médica a doentes crónicos, apontando os riscos da interrupção dos serviços a nível individual e comunitário.

O posicionamento de Palmira Santos é baseado no facto de que, em situações de desastres induzidos pelo clima, os doentes crónicos não têm beneficiado da devida atenção, facto que concorre para o agravamento das suas condições.

A ALIVE é implementada pelo INS sob o lema “Garantindo a prestação de serviços de saúde durante desastres induzidos pelo clima”. A plataforma é implementada em parceria com o Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres, Instituto Nacional de Meteorologia, Universidade Eduardo Mondlane, Fundação Oswaldo Cruz e Universidade de Emory.
Participaram da sessão investigadores do INS, líderes comunitários, representantes dos serviços distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, Planeamento e Infra-estruturas, Actividades Económicas, do Comando Distrital da Polícia, Serviço Distrital de Saúde, Cruz Vermelha de Moçambique ao nível do distrito de Búzi e um jornalista da Rádio Académica.

Nos próximos dias, as discussões serão conduzidas ao nível dos distritos de Nhamatanda e Dondo na mesma perspectiva de contribuir para a construção da resiliência do sistema de saúde face aos eventos extremos climáticos.