Inhambane com taxas baixas de mortalidade neonatal e em crianças menores de 5 anos

A província de Inhambane apresenta resultados baixos em relação às taxas de mortalidade neonatal e em menores de cinco anos no país, com 15.1 mortes por 1000 nascidos vivos e 44.7 mortes por 1000 crianças menores de 5 anos nascidos vivos, respectivamente. A informação foi partilhada recentemente), na cidade de Inhambane, pelo Director Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, Nédio Mabunda, durante a apresentação dos principais resultados do Sistema Comunitário de Vigilância em Saúde e de Eventos vitais (SIS-COVE).

Na ocasião, Mabunda referiu que os Objectivos do Desenvolvimento sustentável (ODS) preconizam reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos até 2030.

“Inhambane apresenta alguns resultados de mortalidade diferenciados de outras províncias: a malária foi a principal causa de mortalidade em indivíduos de 1 a 59 meses de idade, enquanto para as restantes províncias foi a diarreia. Outro aspecto de realçar é que Inhambane está entre as três províncias com as mais altas taxas de mortalidade por HIV em indivíduos dos 15 a 49 anos e por trauma em crianças de 5 a 14 anos a nível nacional”, realçou Nédio Mabunda.

Falando sobre a relevância do SIS-COVE, o dirigente disse ser importante olhar para os dados de morte, não só porque eles ajudam a analisar o progresso em relação às metas nacionais ou globais, mas também porque permitem avaliar a eficácia dos programas relacionados à saúde e outras áreas, assim como contribuem para a maximização do financiamento e redução de mortes por causas evitáveis.

A apresentação foi feita no decurso da XXVIII Sessão do Observatório de Desenvolvimento da província de Inhambane, que decorreu sob o lema “Por uma governação participativa e inclusiva”, juntando diversas individualidades daquele ponto do país, com destaque para o Secretário de Estado na província, Amosse Macamo, e o Governador, Daniel Chapo.

Reagindo à apresentação, Chapo agradeceu ao INS pelo trabalho realizado e reconheceu que a divulgação dos resultados do SIS-COVE é muito importante, sobretudo pela disponibilização de dados comparativos entre províncias.

“Estes cruzamentos são um exercício importante, para termos um instrumento de trabalho e ver onde podemos incidir, como província, para a redução das mortes neonatais e por HIV. A disponibilização de resultados comunitários em tempo real é crucial para a rápida tomada de decisão e acção correctiva”, comentou.

Os dados apresentados em Inhambane correspondem ao período entre 2019 e 2021. Na província em relevo, está em observação uma amostra de 57975 indivíduos, dos quais a maioria são mulheres.

O SIS-COVE é uma observação continua comunitária virada à produção e disponibilização contínua de dados sobre eventos vitais e está implementado em todo o país, com representatividade provincial e nacional.