INS defende abordagens inovadoras para fortalecer resiliência climática no país

Decorre, desde a última terça-feira (20.08), na cidade de Maputo, o “Seminário Futuro Resiliente, sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde sexual e reprodutiva e igualdade de género”, realizado com o objectivo de promover uma reflexão multissectorial sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde sexual e reprodutiva, e na igualdade de género.

Falando na sessão de abertura do evento, a directora de Divisão de Inquéritos e Observação de Saúde no Instituto Nacional de Saúde (INS), Ivalda Macicame, defendeu a necessidade de identificação, teste e implementação de abordagens inovadoras e sustentáveis para o fortalecimento da resiliência climática em Moçambique.

Macicame, que falava em representação do Director-geral do INS, Eduardo Samo Gudo, vincou que as alterações do clima constituem uma das maiores ameaças globais à humanidade, sendo consideradas a maior ameaça de saúde do século 21.

A dirigente explicou que os países com recursos limitados, incluindo Moçambique, são os que menos contribuem para as emissões de gases de efeito de estufa a nível global, mas são os que mais sofrem pelas consequências das mudanças climáticas.

No mesmo contexto, Macicame fez saber que o Ministério da Saúde têm vindo a implementar diversas acções em resposta aos novos desafios impostos pelas mudanças climáticas e seu impacto na saúde.

São exemplo das referidas acções: a realização da primeira Avaliação de Vulnerabilidade e Adaptação do sector de saúde às mudanças climáticas em 2019; elaboração (em curso) do Plano Nacional de Adaptação do Sector da Saúde às Mudanças Climáticas; criação da Plataforma de Observação de Clima e Saúde a nível do Observatório Nacional de Saúde e a realização de duas conferências científicas sobre Clima e Saúde em 2017 e 2023.

Ivalda Macicame disse esperar que o seminário seja marcado por discussões abertas, sempre com o intuito de contribuir para a melhoria da resiliência do sector da Saúde ao impacto das mudanças climáticas.

Participam do evento representantes do Fundo das Nações Unidas para a População em Moçambique, a Direção Nacional de Mudanças Climáticas no Ministério da Terra e Ambiente (MTA), representantes de instituições do ensino superior, parceiros de cooperação, incluindo convidados internacionais, membros da sociedade civil, entre outros.

Ainda no âmbito do seminário em alusão, a coordenadora do Programa de Saúde e Ambiente, incluindo a Saúde do Trabalhador no INS, Tatiana Marrufo, participou no painel de alto nível em conjunto com o MTA e o Ministério da Criança, Género e Acção social, em representação do Director-geral do INS.

Com duração de quatro dias, o “Seminário sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde sexual e reprodutiva e igualdade de género” vem apoiar os esforços nacionais para enfrentar as mudanças climáticas, sensibilizando, simultaneamente, para a intersecção entre estas, a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos, e a igualdade de género.