INS e parceiros avaliam implementação do PhD4Moz

A equipa coordenadora e beneficiários do programa PhD4Moz, uma iniciativa que tem em vista fortalecer a formação doutoral, tendo como principal grupo-alvo estudantes de doutoramento na área de saúde em Moçambique, reuniu-se em Maputo para avaliar o desempenho do projecto.

O programa que arrancou em Novembro de 2023 é implementado pelo INS, em parceria com a Faculdade de Medicina da UEM, a Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Pedagógica de Maputo, o Instituto Karolinska da Suécia e pela Universidade de Minho, em Portugal. O programa financiado pela União Europeia pretende contribuir para o fortalecimento da formação de estudantes de doutoramento na área de saúde no país, através de treinos específicos para a melhoria do seu desempenho.

Durante o encontro, o Director de Formação e Comunicação em Saúde no Instituto Nacional de Saúde (INS), Rufino Gujamo, destacou a relevância do programa na formação doutoral em Moçambique. “Esta é uma iniciativa importante, na medida em que ajuda a fortalecer a formação dos nossos doutorandos, assegurando que eles têm o domínio de todas as ferramentas e possuem as habilidades fundamentais para a sua futura carreira científica”, explicou. “Pretendemos, também, através das discussões neste encontro, identificar os melhores caminhos para um envolvimento ainda maior dos estudantes de todas as províncias do nosso país”, fez saber.

Por sua vez, a Representante da Universidade do Minho e coordenadora do programa, Margarida Correia-Neves, sublinhou a relevância do projecto, vincando que a formação em ciências de saúde é essencial para o desenvolvimento das nações, e Moçambique é um dos países bem encaminhados neste âmbito.

Margarida Correia-Neves faz uma avaliação positiva do projecto, a olhar pela adesão, indicando que o plano era que até ao fim dos três anos do programa fossem treinados 150 estudantes, mas, volvidos cerca de 18 meses, a meta já foi atingida. “No primeiro ano, conseguimos oferecer 20 cursos. Em duas das competências, tivemos tantos pedidos, de tal sorte que tivemos que fazer uma segunda edição para tentar abarcar todos os estudantes que pediram a formação”, disse sublinhando que todos os cursos oferecidos têm muito mais candidatos do que o que se pode atender dentro do plano previsto.

A expectativa em relação ao programa, segundo Margarida Neves, é assegurar que este não termine com o fim do financiamento da Comissão Europeia. “A ideia é evitar que o PhD4Moz feche com o encerramento do financiamento da Comissão Europeia. Pretende-se que o programa tenha continuidade”, vincou.

A Coordenadora da Formação do Desenvolvimento do Corpo Docente na Universidade Pedagógica (UP), Teresa Cossa, agradeceu pela oportunidade oferecida àquela instituição do ensino para o desenvolvimento de habilidades de seus estudantes e docentes.

“Para nós, como Universidade Pedagógica, este programa representa uma grande oportunidade. Temos trabalhado muito para chamar os estudantes e colegas docentes para aderirem ao programa e tirar proveito da formação, até porque não há custos para a nossa instituição”, disse, acrescentando que é desejo da UP que o projecto perdure. Por sua vez, o Director da Faculdade de Medicina da UEM, Jahit Scarlarl, referiu que o programa representa uma mais-valia para o desenvolvimento académico dos docentes e estudantes da instituição sob sua gestão.