INS treina formadores sectoriais em matérias de Biossegurança e Bioprotecção
No âmbito da operacionalização do Plano de Acção para Segurança Sanitária em Moçambique (2023-2017), o Instituto Nacional de Saúde (INS) através do Comité Institucional de Biossegurança (CIB-INS) iniciou, nesta segunda-feira (18.09), em Maputo, o Primeiro Curso de Formação de Formadores em Biossegurança e Bioprotecção em Moçambique usando o Curriculum Global de Gestão de Risco Biológico (GBRMC), no contexto de saúde única (One Health).
Trata-se de uma capacitação que visa, entre outros objectivos, treinar os formandos que passarão à formadores em matérias sobre Biossegurança e Bioprotecção e apoiarão na implementação dos processos de Gestão de Riscos Biológicos no país.
Igualmente, o curso vai dotar o pessoal de laboratório e não só, em matérias sobre abordagem de Saúde Única para a Segurança em Saúde Humana, Animal, Vegetal e Ambiental.
Com duração de cinco dias, a formação em alusão é orientada por especialistas séniores do INS, em colaboração com facilitadores internacionais da Comunidade de Saúde da África Oriental, Central e Austral (ECSA-HC) e abrange 24 participantes provenientes de 19 instituições públicas do Governo de Moçambique nas áreas de investigação, ensino, regulação, financiamento, prestação de serviços em saúde humana (civil e militar), animal, vegetal e ambiental.
Para o efeito, o treino será constituído por um pacote teórico-prático que inclui temas como Introdução à Biossegurança e Bioprotecção; Política e Regulação em Gestão de Risco Biológico; Bioprotecção Laboratorial; Biossegurança e Bioprotecção de Campo; Modelo AMP para Gestão de Risco Biológico; Bio-Contenção e Desenho de Infra-estrutura Laboratorial; Gestão de Resíduos Biológicos; Empacotamento e Transporte de Substâncias Infecciosas; Gestão de Incidentes e Saúde e Segurança Ocupacional.
Falando no acto da abertura oficial do curso, o Director de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, disse que, desta formação, espera-se que seja um plataforma robusta para criar e operacionalizar um Comitê Técnico Multissectorial em Biossegurança e Bioprotecção de Moçambique (CTM-BBM); o desenvolvimento de um programa de treino padronizado para o país; bem como a Estratégia de Biossegurança e Bioprotecção de Moçambique, no contexto de Saúde Única.
Segundo o dirigente, espera-se, ainda, a criação e operacionalização de um ambiente favorável para promovera elaboração do quadro legal em Biossegurança e Bioprotecção em Moçambique, no contexto de Saúde Única; o desenvolvimento de um Manual de Biossegurança e Bioprotecção de Moçambique padronizado para as áreas de Saúde Animal, Humana, Vegetal, Ambiental e Vida Selvagem; para além de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) em Biossegurança e Bioprotecção de Moçambique.
Na ocasião, Rufino Gujamo instou os formandos a participarem, activamente, nas discussões e actividades práticas desta formação.
Importa referir que o curso que hoje inicia conta com o apoio financeiro, logístico e administrativo da ECSA-HC, cuja sede está localizada na Tanzânia, através do Projecto de Fortalecimento da Preparação contra Pandemias (SPP), financiado pelo Banco Mundial.