Sucesso no combate à mortalidade infantil exige acções aceleradas
A mortalidade de crianças menores de cinco anos reduziu em 16% de 2015 a 2023 no mundo. Apesar desta redução significativa, o sucesso na luta contra este mal requer acções mais arrojadas e céleres. O posicionamento é defendido pela investigadora e directora de Inquéritos e Observação de Saúde do Instituto Nacional de Saúde, Ivalda Macicame.
“A mortalidade global de crianças menores de cinco anos caiu para 37 mortes por cada mil nascidos vivos em 2023 em relação a 44 mortes registadas em 2015. A mortalidade neonatal também registou uma descida de 12%, passando de 20 para 17 mortes por cada mil nascimentos. Apesar destes avanços, cerca de 4,8 milhões de crianças menores de cinco anos morreram em 2023”, indicou.
Macicame, que falava durante o Fórum Global sobre Inovação e Acção para Imunização e Sobrevivência Infantil, que decorre em Maputo desde a última terça-feira, fez saber que, até 2023, um total de 133 países já havia atingido a meta dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Na mesma senda, a interlocutora fez saber que sete países deverão alcançar a meta até 2030, mas 60 Estados, quase três quartos deles situados na África Subsaariana, necessitam de acelerar os progressos, de modo a cumprir os objectivos estabelecidos.
“Moçambique também precisa de intensificar a implementação de intervenções que salvam vidas para alcançar as metas globais. Dados da vigilância do Child Health and Mortality Prevention Surveillance revelam a complexidade e a multicausalidade das mortes em crianças menores de cinco anos, mostrando que mais de 75% dos óbitos poderiam ser evitados”, referiu.
A Investigadora acrescentou que dados dos relatórios da Countrywide Mortality Surveillance for Action reforçam a necessidade de investimentos mais robustos na saúde materno-infantil e da aceleração de acções para reduzir as mortes evitáveis, em conformidade com os compromissos assumidos no quadro dos ODS.
