Cientistas de saúde discutem melhor abordagem de doenças cardiovasculares em África
Um grupo de especialistas de saúde de diversas instituições internacionais reuniu esta segunda-feira (17.04), em Maputo, para discutir estratégias de melhoria de despiste, manejo e prognóstico de doenças cardiovasculares em África, particularmente em Moçambique.
O encontro teve lugar no âmbito do 5º Simpósio Cardiovascular – 2023, que se realizou na Unidade de Investigação Biomédica de Mavalane (UIBM), no Hospital Geral de Mavalane, na cidade de Maputo.
Adjine Mastala, investigadora e co-organizadora do evento, explicou que as doenças cardiovasculares afectam o coração e os vasos sanguíneos, podendo acometer qualquer grupo etário.
O simpósio juntou convidados nacionais e internacionais de diversas categorias na área de saúde, entre médicos de clínica geral, cardiologistas, internistas, geneticistas, pesquisadores, dentistas, sociólogos e veterinários.
Durante o encontro, os participantes discutiram questões de mentoria conjunta, projectos colaborativos e programas de intercâmbio de pesquisadores e estudantes de pós-graduação entre as universidades Eduardo Mondlane (UEM) e de Cape Town (UCT), numa iniciativa do Departamento de Medicina Interna da UEM, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde (INS), por via da UIBM e a UCT.
Referindo-se à importância da realização do evento, Mastala defendeu que a troca de experiências entre profissionais de saúde contribui para o desenvolvimento de capacidades educativas e científicas, como forma de promover parcerias regionais e globais que facilitam e apoiam o treinamento da próxima geração de médicos e pesquisadores africanos em doenças cardiovasculares.
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“É uma chave para o enriquecimento das instituições académicas e de investigação participantes, melhorando a formação, os cuidados e a investigação sobre as condições cardíacas. Isto nos permite pensar melhor como resolver os nossos problemas de saúde, sendo importante vermos como os outros países conduzem as suas pesquisas e os seus resultados, de modo a obter melhores resultados de seguimento’’, vincou.
O simpósio culminou com a assinatura de um memorando de mentoria entre a UEM e a Universidade da Cape Tawn, com vista a formar mais mestres e doutorados em áreas que possam beneficiar a pesquisa no ramo cardiovascular.
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