Análise de custos recomenda uso de testes rápidos da COVID-19 em países com recursos limitados

Resultados de uma pesquisa de custos realizada por um grupo de investigadores do Instituto Nacional de Saúde (INS), coordenado por Nelmo Manjate, recomenda o uso massivo de testes rápidos (TDRs) da COVID-19 em detrimento do diagnóstico molecular por Reacção em Cadeia da Polimerase (PCR) como alternativa para países em desenvolvimento. A recomendação decorre do facto de que, de acordo com a pesquisa, a utilização de TDRs custar três vezes menos em relação ao PCR.

Intitulada Análise do custo de testes de diagnóstico para SARS-CoV-2 em contextos com recursos limitados: uma avaliação de diferentes tecnologias de testagem TDR’s e PCR em Moçambique, a pesquisa foi realizada na capital do país (Maputo), em quatro unidades sanitárias e um laboratório de referência nacional, com o objectivo de estimar o custo do diagnóstico da COVID-19 em pacientes com sintomas da doença, usando testes TDRs e PCRs.

Entre outras constatações, os resultados indicam que o preço médio para diagnosticar o SARS-CoV-2 usando testes rápidos “nasofaríngeos” das marcas Panbio e Standard-Q foi de 728 meticais  para cada teste. Em relação aos testes rápidos “nasais” os preços foram de 547 para a marca Panbio, 768 para COVIOS e 798 para LumiraDx.

Na mesma senda, o preço médio para testar um paciente, independentemente do tipo de teste rápido, foi de 714, diferentemente do teste no laboratório por PCR, que custou 2.414 meticais.

A pesquisa em referência tem como co-autores Nádia Sitoe; Júlia Sambo; Esperança Guimarães; Neide Canana; Jorfélia Chilaule; Sofia Viegas; Neuza Nguenha; Ilesh Jani e Giuliano Russo.

Link de acesso ao artigo: https://doi.org/10.1371/journal.pgph.0001999