EM QUELIMANE: Bairros de Icidua e Micajune continua com altas infecções por doenças diarreicas incluindo cólera

Uma equipa da delegação do Instituto Nacional de Saúde em Quelimane escalou, neste sábado (25.03), no âmbito das actividades rotineiras de vigilância de monitoria de tendência dos casos, diferentes estabelecimentos que oferecem cuidados sanitários e de acomodação das vítimas do Ciclone Freddy.

A monitoria, que iniciou no dia 13 de Março, logo após o registo do Ciclone Freddy, consiste na recolha de dados referentes ao registo de enfermidades tais como: paralisia flácida aguda (PFA), malária, diarreia, febre, sarampo, infecções das vias respiratórias superiores (IVRS) e dados de pacientes com contração de ferimentos.

De acordo com o Boletim de Vigilância Epidemiológica de Emergência, referente ao dia 24 de Março, foram notificados em Quelimane, no período em referência, 613 casos de cólera, 444 casos de malária, 93 referentes à IVRS e febres. Quanto à distribuição de casos de doenças diarreicas incluindo a cólera, cumulativamente, o bairro de Icidua é o mais afectado, seguido do bairro Micajune.

No que diz respeito à distribuição de casos por faixa etária, os dados revelam que as doenças são frequentes em população de idade entre 20 e 29 anos. Contudo, desde a declaração do surto de cólera (15 de Março), a tendência de casos internados nos Centros de Tratamento de Cólera tem se revelado estável.

No total, foram escalados nove estabelecimentos, nomeadamente, os Centros de Saúde de Sangariveira 1, Namunho, Maquival-Sede, Hospital Central de Quelimane, Centros de Saúde 24 de Julho, Centros de Saúde de Chabeco, Centros de Saúde 17 de Setembro, Centros de Saúde de Micajune e o Centro de Acomodação da Escola Secundária Eduardo Mondlane.