Florestas de Manica e Zambézia ameaçadas
As províncias de Manica e Zambézia poderão sofrer as maiores perdas de florestas por desmatamento a nível da região Centro do país até 2035, tendo como principais causas a agricultura, expansão de zonas habitacionais, mineração e exploração da lenha e do carvão.
A informação acima foi partilhada por Almeida Sitoe, investigador na Universidade Eduardo Mondlane, na qualidade de orador na I sessão plenária do segundo dia das III Jornadas Regionais de Saúde da Região Centro, que decorrem desde ontem (27.10) na cidade de Tete.
O orador explica que o fenómeno do desmatamento está intimamente relacionado ao crescimento populacional, lembrando que, depois de 1950, houve uma explosão demográfica no mundo e Moçambique não foi excepção, sendo que, a partir de 1975, a população era estimada em cerca de 10 milhões, entretanto, hoje, as estatísticas apontam para cerca de 30 milhões de habitantes.
Almeida Sitoe chama atenção para os impactos nefastos do desmatamento na saúde humana, tais como o conflito homem-fauna bravia, que inclui, entre outros, a destruição de culturas, as mortes e a transmissão de doenças. Para fazer face a este cenário, ele aponta a aposta na educação ambiental e valorização dos ecossistemas florestais como caminho a seguir para combater o desmatamento no país.