O Hospital Central de Quelimane (HCQ) está, desde a última segunda-feira, com os grupos de trabalho reforçados, com vista a garantir uma melhor resposta à emergência.

Desde segunda-feira que a unidade sanitária vem registando uma subida substancial da procura de serviços de saúde por parte de utentes que apresentam diversas enfermidades decorrentes da passagem do Ciclone Tropical Freddy.

A directora do Serviço de Urgências no HCQ, Eugénia Marqueza, garante que o hospital está a funcionar e a responder a demanda.

“Estamos a trabalhar! Temos a escala normal, mas também temos equipas de reforço. Do dia 10 até ao dia 13, recebemos 103 pacientes. Destes, 14 eram casos de diarreia, e internamos sete. Recebemos 21 casos com vários mecanismos de trauma, queda de árvore, desabamento de casa e cortes por chapas de zinco. Dos 21 casos, foram internados três na Cirurgia, igual número na Ortopedia e um na Reanimação”, fez saber.

Segundo a fonte, nas últimas 24 horas (entre o dia 13 e 14), o HCQ recebeu 44 doentes, 13 casos de trauma, dos quais foram internados três na Cirurgia.

Apesar do aceitável nível de curso das actividades do hospital, Marqueza refere que há dificuldades, apontando para a insuficiência de sangue, pelo que apela à população a doar o líquido vital, para além de constrangimentos ligados à corrente eléctrica.

“Em termos de stock de sangue, neste momento, temos 21 unidades. Se a população pudesse apoiar, doando mais, seria bom. Outra dificuldade que estamos a enfrentar é a corrente eléctrica. Estamos a trabalhar de forma condicionada com gerador”, disse, salientando que o uso do referido mecanismo peca por consumir muito combustível, sendo cerca de 50 litros por cada hora de funcionamento.