Profissionais de Saúde treinam referenciamento de amostras suspeitas de poliovírus

Decorre, desde a manhã desta segunda-feira, um treinamento de profissionais de saúde das áreas de laboratório, saúde ambiental, saúde única e vigilância em matérias de colheita, gestão e referenciamento de amostras suspeitas de poliovírus. A formação é orientada pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em parceria com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.

Realizado com o objectivo de melhorar a qualidade dos processos pré-analíticos para o diagnóstico laboratorial desde a colheita da amostra, o envio para o laboratório de referência para testagem até ao reporte dos resultados, o treinamento vai durar três dias, abrangendo 25 profissionais de Saúde, e tem lugar na cidade de Maputo.

O Director-Geral Adjunto do INS, que falava durante a abertura oficial do evento, referiu que o diagnóstico de qualquer doença depende da componente pré-analítica, sendo que, sem amostras de qualidade, é impossível identificar a circulação ou monitorar a ocorrência de vírus, facto que justifica a realização do treino, com o qual se espera fortalecer a referida componente.

Samo Gudo sublinha que não é possível fazer vigilância sem amostras de qualidade e componente laboratorial. Ele refere que ter amostras de qualidade é fundamental para monitorar o actual surto e identificar precocemente qualquer surgimento de vírus derivado ou selvagem, pois a detecção precoce é a chave para o controlo de qualquer doença.

Por seu turno, a directora nacional de Laboratórios de Saúde Pública no INS, Sofia Viegas, falou dos conteúdos temáticos da formação e fez saber que, nos próximos tempos, serão ministrados outros treinos similares nas restantes regiões do país.

“O treino aborda aspectos relacionados com a colheita de amostras, seu empacotamento, biossegurança durante a sua manipulação, conservação e observação dos requisitos internacionais de transporte seguro, de modo a garantir que cheguem ao laboratório com qualidade”, disse.

A paralisia flácida aguda, igualmente conhecida como poliomielite selvagem, é uma doença altamente infecciosa e é causada por um vírus que afecta principalmente crianças com idade inferior a cinco anos.