Vacina contra rotavírus com baixa eficácia em países em desenvolvimento

Resultados definitivos de um estudo do investigador do Instituto Nacional de Saúde Assucênio Chissaque revelam que o impacto e eficácia da vacina contra o rotavírus são bastante baixos em países em desenvolvimento, comparativamente aos países desenvolvidos. A informação foi divulgada durante IV Fórum de Pós-Graduação, que teve lugar recentemente em Maputo.

Segundo o investigador, em 2016, o rotavírus foi responsável por 128.500 óbitos em crianças, dos quais 82% ocorreram na África subsariana. Como forma de reduzir a mortalidade e morbidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu que os países que tivessem maior prevalência da doença introduzissem vacinas contra a doença.

“Para acomodar as recomendações da OMS, mais de 100 países introduziram a vacina contra o rotavírus, entretanto o impacto e eficácia da mesma é bastante baixo, sobretudo em países em desenvolvimento”, disse.

Chissaque realça que os países africanos apresentam maior taxa de mortalidade, sendo estimada em 100 mil habitantes. Moçambique, particularmente, tem uma estimativa de 20 a 49.9 mortes pela doença por ano.

O rotavírus é o principal agente causador de diarreias a nível global, com impactos negativos em relação à economia de saúde na mortalidade mundial.