Estudo recomenda priorização de grupos ocupacionais vulneráveis na vacinação contra a COVID-19
Um estudo da autoria de Paulo Arnaldo, investigador do Instituto Nacional de Saúde (INS) sugere um reforço das medidas de prevenção contra a COVID-19 por parte da população em geral, bem como a priorização na vacinação de profissionais de saúde, vendedores dos mercados e transportadores semi-colectivos, para retardar o contágio e morte pela doença nos centros urbanos.
A recomendação acima decorre do facto de a pesquisa, intitulada “Prevalência de anticorpos contra o coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) na população moçambicana”, ter constatado que o contacto com o vírus foi elevado durante a primeira vaga da pandemia, principalmente entre os grupos ocupacionais.
O referido estudo pretendia, entre outros objectivos, medir a prevalência da COVID-19 na população e em grupos ocupacionais vulneráveis na cidade de Maputo, Pemba e Quelimane. Para o efeito, foram testadas 21.183 participantes, sendo 11.143 da população em geral e 10.040 dos grupos ocupacionais.
De acordo com os resultados, foi detectada, na população geral e nos grupos ocupacionais, uma prevalência de 3.0 e 6.6 por cento, respectivamente.
O estudo foi realizado em meados de 2020 e foi um dos primeiros inquéritos serológicos representativos sobre COVID-19 em Moçambique. Para além de Paulo Arnaldo, a pesquisa conta, também, com a co-autoria de Nédio Mabunda; Peter Young; Tiffany Tran; Nádia Sitoe; Imelda Chelene, Armando Nhanombe, Nália Ismael, António Júnior, Basílio Cubula, Osvaldo Inlamea; Eduardo Gudo e Ilesh Jani.
Link de acesso à publicação – Journal: https://academic.oup.com/cid/article/75/Supplement_2/S285/6617331