Arranca segunda fase do Inquérito Nacional sobre o Impacto do HIV e SIDA em Moçambique

Arrancou esta quinta-feira (23.09), nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Tete, a segunda fase do Inquérito Nacional sobre o Impacto do HIV e SIDA em Moçambique (INSIDA).

As cerimónias centrais tiveram lugar na manhã de hoje, na cidade de Nampula, e foram dirigidas pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, e contaram com a presença do governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues.

Na ocasião, Armindo Tiago e Manuel Rodrigues visitaram dois agregados familiares do bairro de Muahivire expansão, Unidade de Mutotope, onde interagiram com as famílias acerca do INSIDA. No primeiro agregado, depois de lhe ser dada anuência para entrar na casa, Tiago interagiu com um dos filhos da casa, tendo apelado a sua participação ao inquérito.

“Eu sou Armindo Tiago, Ministro da Saúde, e vim pedir a sua participação a este inquérito, a bem da sua saúde e de toda a comunidade. Participar neste inquérito vai permitir-nos ter o ponto de situação do HIV e SIDA na província e no país em geral”, explicou.

Ao pedido, Jorge acedeu, tendo se dirigido à tenda para cumprir com a entrevista e proceder a colheita de amostra de sangue.

Por seu turno, o Governador Manuel Rodrigues apelou no segundo agregado familiar visitado, a participar do inquérito, tendo, através dos órgãos de comunicação social presentes, chamado a atenção da população para que não se deixe levar por boatos atentatórios a boa imagem do INSIDA.

“Este inquérito é muito importante para todos nós, pelo que todos devem aderir caso a sua casa seja seleccionada. Não podemos permitir que se verifiquem rumores de chupa sangue na nossa província por conta do inquérito. Neste inquérito vai se tirar sangue para análises laboratorial para permitir conhecer a situação do HIV na nossa província”, explicou.

Falando à imprensa, o Ministro da Saúde, referiu que o INSIDA vem responder a necessidade do país actualizar os dados sobre a prevalência do HIV e SIDA.

“Este inquérito, que é realizado de 5 em 5 anos, é importante para o nosso país, pois os dados que dele irão advir, permitirão ter informação actualizada sobre a situação da doença no país, para guiar a nossa resposta nos próximos anos”.

Em representação do Instituto Nacional de Saúde, o director-geral adjunto e Investigador Principal do inquérito, Eduardo Samo Gudo, falou dos procedimentos usados para a selecção dos agregados familiares abrangidos, referindo que é aleatoria.

“A amostra deste inquérito é representativa para todo o país. Neste inquérito serão abrangidos aproximadamente 19 mil homens e mulheres com idades a partir dos 15 anos, residentes em 11,058 agregados familiares. Importa referir que parte desta amostra já foi alcançada na primeira fase deste inquérito, que teve lugar de Abril a Julho deste ano, nas províncias de Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo Cidade e Província”, explicou.

Refira-se que em todas as províncias que acolhem a segunda fase do INSIDA o arranque foi dirigida pelos Secretários de Estado e Governadores locais.