INS e USAID|GHSC-PSM harmonizam acções-chave da Cadeia de Abastecimento de Emergências

No âmbito da Agenda Global de Segurança Sanitária em Moçambique para o ano 2022, o Instituto Nacional de Saúde (INS), em parceria com a Global Health Supply Chain (GHSC), realizou, há dias, na cidade de Maputo, uma reunião sobre a Cadeia de Abastecimento de Emergências (CAE) de saúde pública, visando harmonizar as acções-chave para o estabelecimento da cadeia de abastecimento de medicamentos e artigos médicos em situações de emergências de saúde pública causadas por zoonoses e outras doenças emergentes.

Na ocasião, a directora Nacional de Inquéritos e Observação em Saúde do INS, Ivalda Macicame, garantiu que esta iniciativa vai fortalecer as capacidades do Governo na abordagem e gestão de zoonoses.

“Esta reunião é muito importante na situação da pandemia da COVID-19, pois reforçará a coordenação multissectorial na cadeia de abastecimento de medicamentos e artigos médicos. Esperamos que as discussões sejam produtivas e que sejam identificadas as prioridades-chave de cadeia de abastecimento”, sublinhou.

Macicame acredita que, com a iniciativa, o país vai estar melhor preparado para enfrentar futuras ameaças por zoonoses endémicas, incluindo pandemias.

Por sua vez, o coordenador da Plataforma One Health de Moçambique, Inocêncio Chongo, explicou que a abordagem One Health estabelece a capacidade de coordenação multissectorial, multidisciplinar, inter e intradisciplinar na prevenção e controlo de zoonoses no país.

“Queremos maximizar os poucos recursos humanos e materiais existentes para obtermos bons resultados”, explicou Chongo, salientando a importância das discussões para a adaptação e implementação do manual de preparação da CAE ao nível central, provincial e distrital.

O representante do programa GHSC-PSM em Moçambique, Dimitri Peffer, afirmou que a iniciativa vai ajudar o país a estabelecer uma prontidão no combate às emergências de saúde pública e destacou a necessidade do ajustamento do documento à realidade do país. 

“O Manual CAE precisa de ser personalizado, melhorado e ajustado ao contexto nacional. Hoje, podemos sistematizar e dinamizar o processo para que haja sempre uma simulação para alcançar o nosso objectivo”, vincou.

Dimitri Peffer, representante do programa GHSC-PSM em Moçambique

O representante da Direcção Nacional de Saúde Pública no evento, Esmeraldo Ezembro, destacou a importância da reunião na geração de resultados, assinalando que a CAE é crucial na gestão de emergências de saúde pública.

O Manual de Prontidão da CAE em Moçambique foi lançado em Setembro do ano passado e deverá ser actualizado ao longo do ano em curso. (X)