O Instituto Nacional de Saúde (INS) recebeu, esta semana, uma delegação da sua congénere da República do Malawi para a troca de experiências a vários níveis, com destaque para a capacidade técnica, inserção no sistema de saúde, documentos legais, quadro pessoal e interação com o governo.

A visita surge do facto de o Malawi pretender estabelecer uma entidade equiparada ao INS de Moçambique, com capacidades para responder a emergências de saúde pública como a que o mundo está a atravessar nestes dias, derivada da circulação do SARS-CoV-2.

Neste momento o Malawi está num processo de reforma legal para estabelecer esta entidade, por isso a delegação do país vizinho integrava um juiz, o director da congénere do INS e outros elementos.

Falando no encontro de cortesia, concedida à delegação malawiana, o director-geral do INS, Ilesh Jani, fez saber que o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique tem colaborado com instituições científicas similares de outros países, sobretudo os da África Austral, sendo referência em termos de implantação e inserção no sistema nacional da saúde, bem como na pesquisa e geração de conhecimento científico.

“Esta é, sem dúvidas, uma oportunidade para Malawi aprender com Moçambique e vice-versa, no sentido de ver o que está a funcionar bem no seu país e o que está a funcionar mal”, explicou.

Além das discussões de nível estratégico e estrutural, os dois países discutiram processos operacionais de colaboração e aprofundamento das relações técnico-científicas.

Ilesh Jani avançou, ainda, que o Instituto Nacional de Moçambique, para além das colaborações técnicas, tem participado, igualmente, em trocas de experiências de nível estratégico com instituições similares, como é o caso da Guiné Bissau, Brasil, Serra Leoa, entre outras.