Cientistas discutem novas abordagens para uma vacina contra o HIV

A conferência INTEREST, que decorre desde a última terça-feira (09.05) em Maputo, está a ser marcada por discussões focadas na identificação de soluções para as preocupações mais prementes em relação ao HIV e doenças associadas.

Entre os trabalhos em curso, destaca-se o debate em torno da prevenção ligada à produção da vacina, que é uma área de muito interesse para a pesquisa no âmbito desta patologia.

Segundo a representante da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na qualidade de membro do comité organizar local do evento, Esperança Sevene, especialistas de várias partes do mundo têm apresentado ideias para novas estratégias de abordagens para os estudos em curso, no sentido de se encontrar uma vacina contra o HIV.

“Os cientistas estão mesmo preocupados em encontrar uma estratégia, para termos, em curto prazo, a vacina do HIV”, garantiu.

Sevene justifica a preocupação dos investigadores pelo facto de as pesquisas em torno da vacina estarem a ser realizadas há mais de 20 anos, porém sem nunca ter sido possível encontrar o imunizante eficaz.

Em relação ao tratamento, igualmente, os participantes investem tempo e saber, com foco nos mecanismos de aumento da adesão a este processo.

“Temos estado a assistir a apresentação de resumos de vários países sobre o tratamento do HIV: novas abordagens, particularmente usando os medicamentos que já existem, para ver como podemos ter estratégias para melhorar a adesão ao tratamento. Então, colhemos experiências sobre como eles fizeram neste aspecto “, disse.

Sevene referiu, ainda, que, até ontem (10.05), outros temas discutidos têm a ver com algumas patologias associadas ao HIV, como é o caso da tuberculose e COVID-19, particularmente sobre como esta última afectou os programas de controlo do HIV.

“Tivemos apresentações sobre a tuberculose, onde vários trabalhos estiveram a discutir sobre como podemos identificar os casos mais cedo para que sejam rapidamente tratados e evitar complicações nos doentes HIV positivos. Por causa da pandemia da COVID-19, também foram apresentados trabalhos em relação a esta doença, em torno da própria patologia e de como é que ela afectou os nossos programas de implementação do controlo do HIV “, fez saber. A nível nacional, a INTEREST está a ser coordenada pelo Instituto Nacional de Saúde e pela UEM.