INS e parceiros discutem implementação da vigilância genómica ambiental de águas residuais em Maputo

O Instituto Nacional de Saúde (INS), em coordenação com a Repartição de Biotecnologia e Genética e a Associação de Laboratórios de Saúde Pública, realizou, nos dias 18 e 19 de Dezembro corrente, na província de Maputo, uma oficina sobre “Vigilância ambiental de águas residuais”, com o objectivo de discutir a implementação da vigilância genómica ambiental, com foco nas águas residuais.

O encontro reuniu profissionais do INS, Conselho Municipal de Maputo e do Ministério da Saúde (MISAU), que interagiram sobre a vigilância ambiental em saúde.

Na ocasião, a Delegada do INS na cidade de Maputo, Edna Viegas, disse que, com o encontro (de dois dias) pretendia olhar, de forma conjunta, para a questão da vigilância ambiental com foco para as águas residuais e o papel de cada interveniente na implementação da referida vigilância.

“O INS tem vindo a trabalhar, já há algum tempo, no estabalecimento de um sistema de vigilância ambiental que permita fornecer informações a tempo real para a tomada de decisões na área da saúde”, disse.

A oficina privilegiou sessões de apresentação de estudos levados a cabo por pesquisadores do INS, que têm estado a implementar actividades no âmbito da vigilância ambiental, e de trabalhos em grupo, que abordaram tópicos como o uso da vigilância de águas residuais na saúde pública, a definição de fluxos e a estruturação da referida vigilância.

Por sua vez, a Coordenadora da Plataforma de Observação de Clima e Saúde, no Observatório Nacional de Saúde, Tatiana Marrufo, apresentou a visão-geral do Plano de Vigilância Ambiental das Águas Residuais, criado com o objectivo de estabelecer e implementar um sistema de vigilância ambiental em saúde a nível nacional.

“Este plano pretende reduzir a incidência de doenças transmitidas pela água, alimentos, ar, contaminação de solos e efeito das radiações, com base no conhecimento e magnitude do problema, garantindo a sua prevenção e controlo”, explicou.

Depois da oficina, espera-se pela operacionalização da vigilância ambiental e definição de prioridades em termos de patógenos a serem incluídos na vigilância ambiental, tendo em conta a sua relevância em intervenções de saúde pública.

Igualmente, espera-se que os participantes estejam esclarecidos sobre a relevância da integração de diferentes áreas de vigilância ambiental em saúde, fiquem familiarizados com as metodologias implementadas em outros países e em Moçambique no contexto de vigilância de águas residuais e que apoiem na identificação de actores-chave, definição de papéis e no desenho de fluxos de implementação de vigilância do nível local para nacional.

Participaram do evento chefes de departamento da Direcção Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, chefes de repartição e técnicos da Observação de Saúde e Vigilância em Saúde, técnicos do Programa de Saúde e Ambiente e do Programa de Doenças Endémicas de Grande Impacto Sanitário, técnicos de Saúde Ambiental e Epidemiologia do MISAU, entre outros.