Resultados de uma vigilância realizada entre 2019 e 2021, por meio do Sistema Comunitário de Observação em Saúde e de Eventos Vitais, denominado SIS-COVE, indicam que Inhambane é a província com as proporções mais altas de mortalidade por doenças cardiovasculares em indivíduos de 50 ou mais anos de idade em Moçambique.

Por outro lado, a vigilância demonstra que aquele ponto do país está entre as três províncias com as mais altas taxas de mortalidade por HIV em indivíduos dos 15 a 49 anos a nível nacional e aponta a malária como a principal causa de morte em crianças com idade abaixo de 5 anos.

A pesquisa revela ainda que Inhambane apresenta a terceira maior taxa de mortalidade por trauma, depois de Maputo Cidade e Sofala, e possui as taxas mais baixas de mortalidade neonatal e em menores de 5 anos no país, situando-se em 23.7 por mil nascidos vivos e 80.2 por mil nascidos vivos, respectivamente.

Segundo o coordenador do estudo e investigador no Instituto Nacional de Saúde, Celso Monjane, cerca de 82 por cento dos óbitos registados em Inhambane durante o período em analise ocorreram fora das unidades sanitárias.

Estes resultados foram apresentados esta quarta-feira (29.03) na cidade de Inhambane, durante a sessão I do primeiro Dia Aberto de Pesquisa em Saúde da Província de Inhambane, cujo tema era “Tecnologias e Saúde Pública”.