Testagem e tratamento de recrutas na fase de inscrição para o exército pode reduzir infecções parasitárias

Um estudo da autoria de Verónica Casmo, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde (INS), recomenda a realização de exames laboratoriais e tratamento de recrutas no processo da sua inscrição para as actividades de treinamento, como forma de controlar e reduzir a ocorrência de parasitas intestinais entre o referido grupo.

A recomendação acima resulta do facto de a pesquisadora ter constatado que 25.1 por cento dos recrutas estudados estavam infectados por pelo menos um parasita intestinal, cuja transmissão acontece, principalmente, por via feco-oral.

Intitulado “Diferenças regionais de infecções por parasitas intestinais em recrutas da Escola Prática do Exército de Munguíne no Sul de Moçambique”, a pesquisa refere que, entre os parasitas, destacam-se o Entamoeba coli, com 10.7 por cento de prevalência, e Trichuris trichiura, com 6.1 por cento.

O estudo aponta a origem e proveniência dos recrutas como factor que concorreu para a ocorrência das referidas infecções. Com 70.6 por cento, Sofala é a província que registou a maior prevalência entre os locais estudados.

O estudo conta com a co-autoria de Sérgio Chicumbe; Rosa Chambisse e Rassúl Nalá.

Link de acesso: https://doi.org/10.3390/pathogens12091105