Laboratório de Virologia realiza pesquisas em SARS-COV-2 e Influenza

A chefe da Repartiçãode Virologia e Coordenadora-geral da Vigilância Nacional de Diarreias (ViNaDia) do Instituto Nacional de Saúde (INS), Jorfélia Chilaúle, partilhou, recentemente, que o Laboratório de Virologia está analisar a diversidade genética, antigenicidade e sequenciamento de amostras do vírus Influenza, para além de avaliar o uso de outras tecnologias (testes rápidos) e amostras alternativas para o SARS-CoV-2.

A Influenza (gripe)  é uma doença infecciosa aguda de origem viral que acomete o tracto respiratório e tornou-se conhecida mundialmente quando afectou grande parte da população entre 2009 e 2010. Segundo a responsável, o laboratório envia as amostras para o sequenciamento  do vírus, visando contribuir para a composição da vacina contra a Influenza.

“A vacina contra a Influenza não está inclusa no calendário nacional de vacinação, contudo a OMS produz vacinas anuais devido à facilidade de mutação do vírus. . Portanto, com as estirpes isoladas nas amostras de Moçambique, contribuimos para a formulação da vacina contra a Influenza para o ano seguinte”, revelou.

Jorfélia Chilaúle avançou, ainda, que o laboratório está comprometido, entre outras actividades, com a avaliação de amostras alternativas que podem ser usadas para o diagnóstico do SARS-CoV-2, como é o caso da amostra nasal e de saliva.

“Como sabem, a colheita das amostras para o diagnóstico de SARS-CoV-2 é feita na nasofaringe ou na orofaringe, mas tem outras amostras alternativas que podem ser usadas, só que precisam ser avaliadas”, disse.

A entrevistada partilhou que, neste momento, está em curso a verificação da possibilidade de se usar a amostra nasal, evitanto a introdução do swab até ao fundo do nariz, uma intervenção invasiva, e a possibilidade de se usarem amostras de saliva. Para tal, escreveu-se e implementou-se um protocolo, estando agora na fase de análise de dados e escrita do artigo científico.

As técnicas ora mencionadas serão aplicadas para acreditação pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), como forma de atingir o reconhecimento internacional.

“Penso que a acreditação destas duas técnicas do nosso laboratório vai inaltecer mais o nome do INS e do laboratório, pois vai gerar mais confiança e fazer do INS uma referência internacional em testagem  de Influenza e SARS-CoV-2”, indicou.