Profissionais de saúde e de diferentes instituições parceiras reuniram-se esta terça-feira (04.04), na cidade de Quelimane, para traçar novas estratégias de actuação, face aos desafios enfrentados na resposta ao surto de cólera.

A directora nacional de Inquéritos e Observação de Saúde no Instituto Nacional de Saúde, Ivalda Macicame, que dirigiu a reunião, fez uma avaliação positiva na resposta ao surto da epidemia, desde que o mesmo foi declarado.

A dirigente justificou a sua posição pelo facto de, apesar de o país estar a sofrer a pior epidemia de cólera dos últimos 10 anos, a taxa de mortalidade ser baixa, sobretudo em Quelimane, quando comparado a outras ocasiões.

Apesar de satisfeita com o trabalho da equipa, Macicame mostrou-se preocupada em relação à gestão das visitas aos pacientes internados nas unidades sanitárias, sob risco de não se conseguir conter o alastramento da doença.

Por sua vez, o chefe da Repartição de Saúde Pública e Vigilância na Direcção Provincial de Saúde, Alfredo Manuel, sugeriu a alocação de equipas nos distritos, com vista a conter o surto o quanto antes e da melhor forma, constituída por dois profissionais preventivos e igual número de clínicos.

Em Quelimane, o surto de cólera foi declarado há mais de duas semanas. Até aqui, já foram registados 10.950 casos comulativos. A doença é uma forma de diarreia aguda que, se não for tratada, pode causar morte em poucas horas, transmitindo-se por meio da ingestão de água, mariscos ou outros alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas.