Melhora saúde de pacientes com hipertensão arterial no país

O estudo de Expansão da Abordagem de Análise e Melhoria da Cascata de Hipertensão Arterial (SCALE SAIA-HTA) constatou, recentemente, uma melhoria no processo de rastreio e diagnóstico da hipertensão arterial nas 18 unidades sanitárias onde o estudo está a ser implementado na Província de Maputo. A informação foi partilhada há dias pelo coordenador do estudo, Igor Dobe, durante a reunião de apresentação de resultados de progressão da pesquisa.

Igor Dobe faz uma avaliação positiva da implementação do projecto e refere que o estudo está a ter uma aceitabilidade pelas unidades sanitárias e pelo Sistema Nacional de Saúde, sendo que, de forma directa, está a trazer benefícios para os próprios pacientes, no sentido de que, com esta intervenção, há maior possibilidade de os pacientes poderem avaliar a doença e saber o seu estado, sobretudo aqueles que vivem com HIV.

“De certa forma, estamos a ver uma melhoria, que é referida pelos próprios profissionais de Saúde que, por via do estudo qualitativo, mostram que há uma resposta positiva, no sentido em que facilita o seu trabalho. Nisso, eles mostram e aceitam que o projecto é eficaz”, vincou.

O estudo SACALE – SAIA – HTA resulta da expansão do projecto “SAIA”, ainda em curso nas províncias de Manica e Sofala, sob coordenação de uma organização não governamental, com o objectivo de melhorar a prestação de serviços e o fluxo de pacientes com Hipertensão Arterial (HTA) a nível dos cuidados de saúde primários.

Segundo o coordenador, a HTA constitui um importante factor de risco, sobretudo para as doenças cardiovasculares, sendo que, muitas vezes, podem levar a complicações que podem culminar com a perda de capacidade do indivíduo de realizar algumas actividades, como é o exemplo do AVC.

Dobe explica que a doença é um dos principais responsáveis por morbimortalidade a nível mundial e, em países em vias de desenvolvimento, como é o caso de Moçambique, em que há cada vez mais mudanças no estilo de vida das pessoas, o risco advém de hábitos prejudiciais à saúde, tais como o tabagismo e alcoolismo.

O projecto SCALE SAIA-HTA está a ser implementado desde o ano 2021 e vai até 2025. Financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América, tem como principais intervenientes o Instituto Nacional de Saúde (INS), as Universidades de Washington e Eduardo Mondlane, para além do Mozambique Institute for Health Education and Research (MIHER).

O evento contou com a presença de quadros do Ministério da Saúde, INS, Universidade Eduardo Mondlane, MIHER, Universidade de Washington, entre outros.